quarta-feira, 4 de abril de 2012

Reconciliação – Um concerto necessário


Texto Base: 
Gênesis 32 e 33 – O reencontro de Jacó com Esaú – reconciliação.
Versículo Chave: 
Mateus 5:23-24 – “Portanto, se você estiver apresentando sua oferta diante do altar e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte e apresente sua oferta”.
Versículos Complementares: 
II Coríntios 5:18-19 – “Tudo isso provem de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não levando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação”.
Romanos 12:18 – “Se possível, quando depender de vós, tende paz com todos os homens”

Palavra:
Na narrativa Bíblica de Gênesis 32 e 33, encontramos Jacó, depois de vinte anos de fuga, por causa do que fizera com seu irmão Esaú, disposto a uma reconciliação. Mas vemos neste mesmo texto que a principio Esaú estava em busca de uma vingança contra Jacó.
Aparentemente havia motivos para que Esaú vingasse de Jacó pelo que ele havia feito. As conseqüências do erro precisam ser encaradas de frente.
Jacó usou de um artifício para aplacar a ira de seu irmão, enviando adiante vários presentes divididos em grupos para que pudesse quebrantar o coração de Esaú.
Mas Deus, que é Deus soberano, tinha um propósito maior na vida de Jacó, pois nele estava toda a expectativa de Deus para cumprir a promessa feita à Abraão. Não poderia haver pendências na vida de Jacó, nada que pudesse dar legalidade para que a benção de Abraão não fosse levada à diante (uma grande nação).
Foi preciso tratar a vida de Jacó, tira-lo da posição de (usurpador) para leva-lo à posição de (Príncipe de Deus). O caráter, os pensamentos, a vida, a força, enfim, tudo na vida de Jacó precisava ser mudado, inclusive o nome. Foi no vale de Jaboc, na beira do riacho que Jacó teve que enfrentar o anjo de Deus. Somente depois de ter sua vida e seu nome mudado (de Jacó para Israel), é que Jacó, agora Israel pudera encontrar-se com seu irmão Esaú.
Neste encontro houve reconciliação, é lógico que eles já não podiam andar juntos, viver juntos, mas agora havia um concerto. Algo que Deus teve que tratar na vida de Jacó para que pudesse acontecer. O princípio da legalidade da bênção está então estabelecido.
Em Mateus 5:23-24, Jesus nos lembra de que é preciso haver conserto. Muitas vezes erramos, muitas vezes magoamos pessoas, agimos de forma impensada, ou até mesmo pré-meditada, com a finalidade de satisfazer a nossa própria justiça. Lembremos que a justiça não deve ser a nossa mas a de Deus. O aposto Paulo fala em Romanos 12:18 que devemos ter paz com todos os homens. Mas nossa natureza muitas vezes nos leva a tomar atitudes que geram inimigos, e que fazem no mundo espiritual uma brecha incrivelmente grande, grande o suficiente para permitir que Satanás tenha legalidade para enviar os verdugos (demônios) para atormentar.
Deus nos chamou a um ministério de reconciliação, e neste ministério, muitas vezes a iniciativa de reconciliar deve ser nossa. Como posso ir para o céu se lá vou encontrar aquele outro que também é meu irmão mas é meu inimigo. Um certo pastor, defendendo sua posição e sua visão certa vez disse “não converso com quem não está nesta visão”. Que pena, será que somente ele irá para o céu ou somente ele que não irá!
Um ministério de reconciliação trabalha na área de restauração, muitas restaurações não são para unir e voltar a um só ponto, mas e para que ministérios possam deslanchar e crescer sem barreiras, para que as pessoas possam olhar um para o outro, não com o espírito divisivo como Satanás quer, mas com amor como Deus quer.
Reconciliar, é reconhecer que, mesmo tendo sido ofendido, preciso perdoar e liberar o meu ofensor, concertos são necessários para que o Reino de Deus possa crescer. Não é tempo de perdermos tempo com guerras entre irmãos enquanto vidas preciosas estão indo para o inferno.
O que queremos? Onde vamos chegar? Que lucro teremos com isso?
Jesus me Mateus 5:23-24 diz que se souber que meu irmão tem algo contra mim, devo ir me reconciliar com ele antes de apresentar a oferta. Ou seja: Devo reconciliar-me com meu irmão antes de prestar o meu culto à Deus.
Pense bem, quanto tempo perdemos que poderia ser tempo proveitoso, quantas injurias, acusações, julgamentos, e condenações temos feito. Como defendemos nossa posição e muitas vezes queremos é que os outros se ferrem, sejam condenados ou coisa parecida. Será que teremos que esperar 20 anos para um conserto como foi no caso de Jacó e Esaú, ou podemos tomar a iniciativa de reconciliar e ter a bênção completa. Jacó só teve a bênção completa depois que reconciliou.
Quantos Ministérios e igrejas tem sido amarrados, sem prosperar porque houve no passado um atrito, uma divisão, richas e outras coisas. Tudo isso tem bloqueado a ação do espírito de Deus e tem liberado verdugos (demônios) para atormentar, travar, impedir crescimento e etc.
Quando pastoreava uma igreja no interior de Goiás, vivemos uma situação assim. A igreja era amarrada, não crescia, não terminava a construção, dava um passo para frente e dois para trás. Quando levantamos a história da igreja, descobrimos que havia acontecido uma cisão dez anos antes. Por um ano estivemos orando por uma reconciliação e no tempo certo Deus nos disse é hoje, saí no meio do culto juntamente com os líderes da igreja e fomos à outra igreja para reconciliar, quando houve o concerto as duas igrejas romperam, hoje são igrejas grandes e prosperas nestas cidades.
Amados, reconcilie com seu irmão, conserte com ele. Hoje é tempo. Deus tem pressa de sarar a igreja para que possamos participar de uma grande colheita de almas, colheitas esta que só poderá acontecer com um povo reconciliado.
Mesmo que não tenha sido você ou vocês a causa do problema, mas a Bíblia nos ensina que a iniciativa deve partir do ofendido quando o ofensor não tem tal visão. Você tem a visão, você sabe o que é preciso fazer. Pois Faça.

Pr. Paulo Roberto Oliveira Ferreira

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